Com a chegada do calor é importante estarmos atentos para situações que representam perigo para os nossos animais assim como para as nossas crianças.
As processionárias (Thaumetopoea pityocampa) encontram-se no pinheiro dentro do ninho e assim que atingem a sua fase adulta descem em fila indiana (procissão) até ao solo.



Para além de provocarem danos nas árvores, representam um perigo para a saúde pública, sendo os principais alvos as crianças e os cães dado o seu carácter curioso.
À primeira vista parecem animais inofensivos... mas na verdade possuem um sistema defensivo, com cerca de 8 receptáculos com cerca de 120 mil pêlos urticantes. Quando a lagarta se move abre estes receptáculos libertando milhares destes pêlos e aumentando a possibilidade de intoxicação de um animal ou pessoa que entre em contacto com eles. Estes pêlos funcionam como finas agulhas, através das quais a taumatopoína (toxina que é libertada pelas processionárias e que causa a libertação de histamina com a consequente necrose dos tecidos) é injectada na pele ou mucosas.

Nas crianças a primeira zona de contacto é a pele, provocando uma reacção exuberante de urticária. Nos cães as principais zonas de contacto são os lábios, a língua e mucosa oral, mas também pode ocorrer em outras partes como os olhos.
Os sintomas são variados e vão desde apatia, anorexia, hipersalivação pela dor (necrose da língua), edema do focinho, prurido facial intenso, ulceração/necrose da língua (língua preta ou com aspecto queimado), olho azul (edema da córnea), fobia à luz, prurido ocular, etc.



Caso suspeite que o seu animal de estimação contactou com a lagarta do pinheiro contacte urgentemente o seu médico veterinário. 

COMO EVITAR:
A intoxicação por processionária assume um carácter sazonal, dependente do clima da região, verificando-se uma maior percentagem de casos durante a Primavera e Verão.
Se encontrar procissões de lagartas do pinheiro perto de casa ou do local onde habitualmente o seu cão passeia, deve destruí-las para evitar uma possível intoxicação. 
Na fase de procissão a forma mecânica é, não só a única, como a mais eficaz de as destruir. Deve juntá-las com o auxílio de uma pá e depois queimá-las ou esmagá-las com um utensílio. Este procedimente deve ser feito com cuidado de forma a evitar que elas libertem os pêlos urticantes.

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